É cada vez mais comum que as mulheres adiem o momento de ter o primeiro filho. Com maior presença no mercado de trabalho e formações acadêmicas, muitas preferem planejar o momento de engravidar e frequentemente esperam uma fase de maior estabilidade econômica. No entanto, nem sempre cultura e natureza entram em acordo. Em termos biológicos, a probabilidade de uma gravidez após os 40 anos é significativamente menor e os riscos para mãe e bebê são maiores. Mas, se a natureza não acompanha as revoluções da cultura, a ciência pode ajudar.
Hoje, com as técnicas de congelamento de óvulos e reprodução assistida, se tornou viável e mais seguro ter uma gravidez depois dos 40 anos. Descubra neste artigo o que você precisa saber ao planejar uma gestação tardia.
Tecnicamente falando, considera-se uma gravidez tardia quando a mulher engravida a partir dos 35 anos. Nessa idade, a fertilidade já começa a declinar. Todavia, o número de mulheres que engravidaram depois dos 35 anos vem aumentando consideravelmente no Brasil. De acordo com os dados divulgados pela Fiocruz, no começo dos anos 2000, 9,1% dos bebês nascidos eram filhos de mulheres a partir dos 35 anos. Vinte anos depois, essa porcentagem subiu para 16,5%.
Embora a ciência da reprodução assistida e o avanço da medicina tenham viabilizado maior segurança nas gestações após os 40 anos, há uma série de questões a se considerar ao adiar o momento de engravidar.
O fator fertilidade é um dos principais a ser considerado. A mulher nasce com um número de óvulos limitado. O ovário, a princípio, tem entre um e dois milhões de óvulos. A partir da puberdade, com o início dos ciclos menstruais, esse número cai para 250.000 óvulos e aos 35 anos a reserva ovariana começa a declinar significativamente. Aos 40 anos, as chances de gravidez no período de um ano são 50%. Aos 43, a chance de engravidar cai para 1%.
Não é só a reserva ovariana que dificulta a concepção, a qualidade do óvulo também influencia. Os óvulos mais envelhecidos aumentam o risco de conceber um feto com anomalias genéticas, como a Síndrome de Down. Mas, é importante lembrar, que isso também vale para os espermatozóides dos homens com idade avançada. No que diz respeito à gestação, a gravidez depois dos 40 anos também aumenta os riscos de pré-eclâmpsia, diabetes gestacional, abortamento espontâneo, parto prematuro e anomalias da placenta.
A chave para ter uma gravidez tardia mais segura é o planejamento e o acompanhamento médico cuidadoso. Veja quais são os passos que você deve tomar depois que decidir tentar engravidar após os 40 anos.
A consulta pré-concepcional é uma etapa fundamental do planejamento de uma gravidez após os 40 anos. Mulheres nessa faixa etária são aconselhadas a buscar a orientação de um profissional de saúde antes de engravidar. Durante a consulta, serão avaliados fatores como histórico médico, condições de saúde pré-existentes, e, se necessário, será discutida a possibilidade de avaliações genéticas. O médico também pode requisitar o exame do Hormônio Antimülleriano (geralmente associado à ultrassonografia transvaginal), para avaliar a reserva ovariana.
A suplementação adequada desempenha um papel importante na preparação para a gravidez após os 40 anos. O ácido fólico, por exemplo, é essencial para a prevenção de defeitos no tubo neural do feto, e seu consumo é particularmente importante nos estágios iniciais da gestação. Além disso, outras vitaminas e minerais, como ferro e cálcio, devem ser cuidadosamente monitoradas e, se necessário, suplementadas para garantir o desenvolvimento saudável do bebê.
Além da suplementação, o estilo de vida saudável é fundamental. Praticar exercícios físicos, adotar uma alimentação balanceada, parar de fumar e diminuir o consumo de álcool são medidas que contribuem não apenas para a saúde materna, mas também para a criação de um ambiente propício para a concepção e o desenvolvimento fetal.
O pré-natal é essencial para uma gestação bem-sucedida em qualquer idade, ainda mais em uma gravidez tardia, que requer alguns cuidados especiais.
Mulheres que engravidam após os 40 anos frequentemente enfrentam a necessidade de gerenciar condições de saúde pré-existentes de maneira mais atenta. O controle de doenças crônicas, como diabetes, hipertensão ou distúrbios da tireóide, torna-se ainda mais importante durante a gestação. O acompanhamento médico regular deve monitorar e ajustar o tratamento conforme necessário, garantindo que a gestante esteja em boas condições de saúde para sustentar uma gravidez saudável.
O monitoramento contínuo do desenvolvimento fetal e da saúde materna é uma prática ainda mais importante em uma gravidez após os 40 anos. Exames de ultrassom mais frequentes podem ser recomendados para avaliar o crescimento do bebê e identificar qualquer possível anomalia. Além disso, testes genéticos e o rastreamento de cromossomos são considerados para avaliar o risco de complicações. O acompanhamento do bem-estar materno também deve ser feito por meio do monitoramento da pressão arterial, níveis de glicose e outras métricas importantes.
A ciência e a medicina avançaram ao trazer novos recursos não só para viabilizar a gravidez tardia, mas para lidar com as possíveis complicações de saúde que surjam durante a gestação.
Sim, é possível engravidar de forma natural após os 40 ou até 43 anos. Tecnicamente falando, a idade limite para engravidar naturalmente é até quando a mulher continuar ovulando e tendo os seus ciclos menstruais. Geralmente, as mulheres entram no climatério (fase em que os níveis hormonais caem e a menstruação começa a ficar irregular) entre os 40 e 45 anos. A última menstruação costuma acontecer por volta dos 50 anos, consolidando a entrada na menopausa.
Entretanto, mesmo que você engravide naturalmente após os 40 anos, o acompanhamento médico cuidadoso é indispensável, pois os riscos associados à gravidez tardia continuam presentes.
Sim, as chances de engravidar após os 40 anos são menores e os riscos são maiores. É preciso se planejar, avaliar os riscos e redobrar os cuidados com a saúde. Entretanto, também existem os benefícios de ter filhos depois dos 40. Pesquisas revelam que as mulheres que tiveram filhos mais velhas são mais instruídas e têm carreiras profissionais consolidadas, o que contribui para a sua capacidade de tomar decisões mais inteligentes e saudáveis na educação das crianças. Elas tendem a utilizar menos castigos e violência verbal, o que melhora o bem-estar emocional dos filhos.
Mães depois dos 35 anos também demonstram melhores índices de memória e cognição depois da menopausa, o que pode ser atribuído ao incremento de hormônios produzidos durante a gravidez, que atuam de forma químicamente positiva no cérebro conforme a idade mais avançada. Além disso, as mães após os 40 são mais propensas a amamentar, o que influencia diretamente a saúde das crianças.
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