O pós-parto é uma fase extremamente delicada para a mulher e exige cuidados não apenas médicos, mas de toda uma rede de apoio: companheiro, família e amigos. Também chamado de puerpério, este é um período de intensas mudanças no corpo e na estrutura psicológica da mãe. Aprenda neste artigo quais são as três fases do puerpério e como os pais podem se apoiar mutuamente durante as mudanças para que este processo seja menos traumático e mais amoroso.
Segundo o protocolo da Maternidade Escola da UFRJ, mais de 50% das puérperas passam por instabilidades emocionais nas duas primeiras semanas após o parto. Mudanças bruscas de humor, irritabilidade, tristeza, insônia são comuns nessa fase e ficaram conhecidas como “baby blues”. Para que essa instabilidade natural não evolua para questões psicológicas mais sérias, é preciso que a mulher não se sinta sozinha. Esse sentimento de isolamento diante das grandes responsabilidades que estão por vir com a chegada do bebê é um fator que pode aprofundar os distúrbios emocionais do puerpério. Por isso, é fundamental que a mulher se sinta amparada e acolhida pelo companheiro nesse momento.
Você sabe quais são as três fases do puerpério? Do 1º ao 10º dia: puerpério imediato; do 10º ao 45º dia: puerpério tardio; além do 45º dia: puerpério remoto. Nos primeiros dez dias, os sintomas físicos são mais agudos. O útero começa a se retrair e a cicatrizar, a mulher tem um sangramento mais intenso (fruto dessa cicatrização) e podem surgir dores abdominais. Por volta do quarto ou quinto dia também há relatos de um pico de sensibilidade emocional. A partir do décimo dia, a recuperação física começa a se estabilizar, mas as emoções ainda tendem a estar à flor da pele.
No puerpério remoto, a partir do 45º dia, geralmente, a recuperação física já se completou, com o fim dos sangramentos e do período de resguardo. As mães que não amamentam costumam ter o retorno dos ciclos menstruais entre 50 e 60 dias após o início do puerpério remoto. As lactantes demoram um pouco mais. O puerpério emocional, porém, que é uma fase de readaptação da mulher à nova vida como mãe pode durar de dois a três anos.
A maioria dos casais experimentam certo descompasso com a chegada de um filho. A mãe, que gestou, está passando por mudanças físicas e emocionais muito intensas, mas foi criando um vínculo com o bebê ao longo dos nove meses. Para os parceiros esse tempo pode ser um pouco diferente, além de não terem vivido as mudanças hormonais.
Mãe e pai estão passando por reconfigurações do seu lugar no mundo, entretanto as mulheres tendem a estar mais fragilizadas nesse processo. É possível, contudo, se preparar para esse descompasso e fortalecer o vínculo do casal na missão de atravessar a transição do puerpério. Veja algumas dicas.
É comum que as mulheres se sintam muito sozinhas nessa fase, mesmo estando com um parceiro. Isso pode acontecer pela ausência de uma comunicação aberta e honesta. É preciso que o casal converse sobre os medos, dificuldades e desejos que envolvem o nascimento de um filho. Escutar sem tantos julgamentos a fala do outro e manifestar as próprias necessidades aumenta a conexão e ajuda a lidar com os desafios da parentalidade.
Quem gesta passa por mudanças tão radicais que, na maioria das vezes, podem parecer incompreensíveis para o parceiro. O humor da mulher é capaz de ir de um extremo a outro nesse pós-parto imediato. As crises de choro são frequentes. O parceiro deve se manter firme, como uma base de apoio, mas sem deslegitimar ou desprezar as emoções com falas do tipo “isso são seus hormônios”. Escute e acolha, sem entrar em conflitos desnecessários. Às mulheres, também vale o autoacolhimento, sabendo que essa fase é passageira.
A sobrecarga materna, principalmente se a mãe escolhe amamentar, geralmente leva à exaustão e aos conflitos conjugais. Dividir bem as tarefas, não só com o bebê, mas com a casa é mais saudável e produtivo para todos. Planejem uma rotina que funcione para os dois. A adaptação inicial pode ser difícil, mas no longo prazo é recompensadora.
Mil e um desafios surgem quando o bebê chega em casa. Por mais preparado que esteja o casal, algumas coisas só vão ser apreendidas na prática. Encoraje o parceiro, com empatia e cuidado. A amamentação, por exemplo, nem sempre vai fluir naturalmente. Acolha a frustração, peça ajuda profissional se necessário e ofereça apoio emocional.
Peça ajuda aos familiares e amigos próximos nos cuidados com o bebê. Forme uma rede de apoio, assim também será possível tirar alguns dias para vocês se reconectarem como casal, dialogarem com calma e fortalecer o vínculo.
Por último, tenha paciência. O puerpério é um período físico e emocionalmente intenso, mas não dura para sempre. Principalmente se estamos falando do primeiro filho, a reorganização do relacionamento é radical. Os conflitos, até certo ponto, são normais. Se for necessário, procure auxílio psicológico.
As três fases do puerpério são um parâmetro geral, estabelecido a partir de observações clínicas, mas cada mulher passa por um processo único. As reverberações emocionais podem se estender por muito tempo. Vale lembrar, entretanto, que se o baby blues for persistente, sem melhora ou alteração no humor deprimido, desinteresse e desânimo, é recomendável consultar um psiquiatra para avaliar a possibilidade de depressão pós-parto.
O período pós-parto exige muito cuidado e acolhimento, com mamãe e bebê. As fraldas Proteção de Mãe, lançamento da Pom Pom, contém loção hidratante com extratos naturais que auxiliam a prevenir a irritação da pele. As orelhas elásticas e as fitas agarradinhas proporcionam um ajuste perfeito, oferecendo mais segurança e conforto para o bebê e tranquilidade para os pais cuidarem de si e da família. Conheça nossos produtos aqui.