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A vida a dois depois dos filhos pode passar por uma verdadeira revolução. Em alguns casos, o casal fica mais unido. Em outros, a crise do casamento após o primeiro filho pode ser motivo de separação. Os conflitos sobre as responsabilidades no cuidado com o bebê, diferenças nas perspectivas de educação e a falta de tempo para intimidade são muito comuns nessa fase. Uma pesquisa realizada pelo Channel Mum e pelo The Baby Show, na Inglaterra, mostrou que seis em cada dez casais não estavam preparados para o impacto que a criança teve na relação. Mas, calma, nem tudo está perdido. Vamos te contar algumas dicas para fortalecer a comunicação com o seu parceiro ou parceira nesse período delicado de adaptação.
Quando a mãe passa pela gestação, o vínculo com o bebê já vai sendo criado durante os nove meses. Se a mulher escolhe amamentar, essa relação de proximidade inicial é ainda mais forte. Isso, porém, leva frequentemente a uma sobrecarga de responsabilidades maternas. Os pais, em muitos casos, demoram um pouco mais para estabelecer essa mesma conexão. Nessa fase, esse descompasso entre o casal e a exaustão natural com as novas tarefas pode causar conflitos.
Quem vai trocar a fralda dessa vez? Eu já acordei para amamentar três vezes, agora, se o bebê chorar, você levanta! A casa está uma bagunça, essa semana a faxina é sua! A lista de discussões é interminável. Os nervos, naturalmente, estão à flor da pele. No entanto, é possível estabelecer algumas regras e princípios básicos para evitar que os conflitos escalem.
A comunicação costuma ser o calcanhar de Aquiles de muitos relacionamentos. É comum ter aquela idealização romântica que, quando se ama, o outro adivinha ou já sabe nossos desejos e necessidades. Na prática, a gente sabe que não é bem assim. Quando um terceiro elemento entra na relação do casal, essa necessidade de ter uma comunicação clara fica ainda mais aguda. Veja algumas dicas para colocar isso em prática.
Ainda que a comunicação não tenha sido o ponto forte do relacionamento antes da chegada do bebê, esse novo desafio pode ser um convite para aprimorá-la. Converse de maneira franca sobre as expectativas dos dois em relação ao filho que vai nascer e como pretendem dividir as responsabilidades. Quando os conflitos surgirem, procure não reclamar do parceiro para um amigo ou familiar, comunique diretamente o seu desconforto. Não expressar os sentimentos para o outro pode levar a explosões mais tarde.
Os primeiros dias em casa depois do parto podem se desenrolar naquele modo “apagar incêndios”. Ou seja, os pais vão lidando com as demandas conforme elas surgem. Essa, porém, é uma receita para a produção de conflitos. Converse e planeje a divisão de tarefas, não só com o bebê, mas com a casa. Se cada um sabe com clareza qual é sua responsabilidade, menor é a chance de vocês ficarem permanentemente cobrando um ao outro por tarefas que não foram bem divididas.
O psicólogo Marshall Rosenberg sistematizou os princípios para a prática da Comunicação Não-Violenta. Ele ressalta a importância de não formular sentenças acusatórias em uma conversa. Isso tende a criar resistências no interlocutor. Procure, em vez de acusar, expor as suas necessidades e sentimentos. No lugar de dizer: “você é um preguiçoso, nunca levanta quando o bebê chora!”, experimente “estou me sentindo muito cansada, preciso que a gente divida melhor os turnos com o bebê durante a noite”.
Naturalmente, dúvidas a respeito de como conduzir a educação e a criação do bebê vão surgir, assim como diferenças de perspectiva entre o casal. Procure compartilhar leituras e conteúdos sobre desenvolvimento infantil com o seu parceiro, assim vocês podem se alinhar melhor durante esse processo.
Há um provérbio africano que diz: “é necessária uma aldeia para educar uma criança”. Nem sempre o casal consegue dar conta de tudo – aliás, quase nunca. Busque ajuda de familiares e amigos para participar dos cuidados com o bebê. Tire uma noite para que vocês consigam ter um momento apenas como casal e conversar abertamente. A sobrecarga de tarefas e a exaustão (muitas vezes só da mãe ou de ambos) contribuem para a desconexão entre o casal. Pedir ajuda é sinal de força e saúde mental.
À medida que a criança cresce, ela também vai começar a se comunicar, expor suas dúvidas e necessidades. A comunicação que era só entre o casal, terá de ser ajustada para uma comunicação em família. Procure conversar e alinhar com o parceiro como vocês vão conduzir as novas fases do desenvolvimento que vão chegando. Inclusive, como vocês desejam falar com a criança para que ela também se sinta acolhida e reconhecida nessa relação.
Se está cada vez mais difícil encontrar um ponto de entendimento com o parceiro, não hesite em procurar ajuda profissional. Terapias de casal e grupos de apoio são excelentes espaços para trabalhar os desajustes do relacionamento de forma saudável e construtiva. Quando os conflitos se tornam muito agudos, um mediador, com o distanciamento profissional necessário, pode contribuir de maneira determinante. Compartilhar experiências com outros pais e mães que estão passando pela mesma situação também ajuda o casal a sair do isolamento e entender os problemas por novas perspectivas.
A vida de um casal depois da chegada de um bebê já tem grandes desafios. Lidar com vazamentos e fraldas de má qualidade não precisa ser mais um deles. Por isso, a Pom Pom desenvolveu produtos com tecnologia e cuidado para que você tenha tranquilidade, segurança e conforto no dia a dia com o seu filho. Conheça nossa linha completa!