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37.1 é febre em bebê?

Os recém-nascidos, naturalmente, têm um sistema imunológico mais frágil. Por isso, a febre, que é um sinal de alerta do organismo, costuma causar muita preocupação nos pais. A Sociedade Brasileira de Pediatria até cunhou um termo para esse temor: a febrefobia. Ou seja, a intensa ansiedade causada pela variação de temperatura nos bebês.

Afinal, 37.1 é considerado febre em bebê? A resposta é não. Até os três meses a temperatura corporal é mais elevada. Considera-se febre a temperatura a partir dos 38º. Dos quatros meses em diante, a febre é sinalizada a partir dos 37,2º.  

Importância de monitorar a temperatura em bebês

A febre não é uma doença, mas um sintoma. O aumento da temperatura corporal alerta que algo não está funcionando bem ou que o corpo está reagindo a uma “agressão” física, química ou biológica (como um vírus ou uma bactéria, por exemplo). Nos recém-nascidos, o sistema imunológico ainda não está totalmente desenvolvido, por isso, quando há um sinal – como é a febre – de uma possível infecção, é preciso informar o pediatra. 

Qual a faixa de temperatura considerada normal?

O entendimento de qual temperatura é considerada febre em bebês pode variar entre os médicos. Segundo o doutor Jayme Murahovschi, professor da Escola Paulista de Medicina, a temperatura de 37.2º, medida nas axilas, a partir dos quatros meses de idade, já pode ser considerada febre. Outros médicos, porém, consideram esta uma temperatura apenas “febril”. A Sociedade Brasileira de Pediatria, sinaliza a temperatura de 37.8 como febre.

Por isso, é preciso observar o quadro clínico como um todo e considerar uma faixa de temperatura normal. Há outros sintomas além da febre? A criança está cansada, resmungando, com desânimo, dores ou vômitos? Consulte o pediatra de confiança da família. Nem sempre é recomendado usar um antitérmico assim que a temperatura sobe além dos 37,2º — o médico vai avaliar os outros sintomas para tomar a decisão.

Causas comuns de febre em bebês

A febre é uma resposta imunológica, portanto pode estar associada a diversas condições médicas. Veja quais são as causas mais comuns de febre em bebês.

Infecções virais e bacterianas

Infecções virais, como resfriados, gripes, bronquiolite e gastroenterite, são algumas das causas mais comuns de febre em bebês. Essas infecções frequentemente resultam em febre baixa a moderada (entre 38,5º e 39,4º). Infecções bacterianas, como otite, pneumonia, infecções urinárias e meningite, também podem causar febre em bebês. Essas infecções geralmente são mais graves do que as virais e podem ser acompanhadas por febre alta (acima dos 39,4º).

Reações à vacinação

Depois de tomar uma vacina, os bebês podem apresentar febre baixa a moderada como parte de sua resposta imunológica. Isso é uma reação comum e geralmente não é motivo de preocupação. No entanto, é importante diferenciar entre uma reação normal à vacinação e uma reação adversa mais séria, que é rara. Na hora da aplicação, os profissionais de saúde devem fornecer orientações claras sobre o que observar após a vacina e quando buscar assistência médica.

Outras condições médicas possíveis

Outras condições médicas, como distúrbios autoimunes, metabólicos, neurológicos e problemas de tireoide, podem causar febre em bebês. Essas condições são menos comuns, mas devem ser investigadas por um profissional de saúde se a febre persistir ou for acompanhada de outros sintomas preocupantes.

Estratégias para gerenciar a febre

Mantenha o bebê bem hidratado. Use roupas leves para evitar o superaquecimento e mantenha o ambiente fresco e arejado. Compressas de água fria na testa ou corpo do bebê podem ajudar a reduzir a febre. Em casos de febre alta acompanhada de outros sintomas, o médico pode recomendar o uso de medicamentos antitérmicos. Monitorar a temperatura e observar sinais de desconforto ou mudanças no estado do bebê é fundamental durante o processo de gerenciamento da febre.

Importância do acompanhamento médico

A temperatura corporal pode ser medida com um termômetro, pelas axilas, pela boca ou pelo ânus. A medição retal é mais precisa, mas não é recomendada para crianças de até cinco anos. Em casa, a medição pela boca também pode não ser tão simples com um bebê. O mais indicado é termômetro nas axilas.

Em caso de febre, sobretudo se a criança tiver menos de três meses, consulte o pediatra. É ele quem vai avaliar o quadro clínico como um todo, a conexão entre os eventuais sintomas e prescrever o melhor tratamento. Não utilize remédios sem recomendação médica, principalmente nos recém-nascidos.

Proteção de mãe: a melhor aliada nos cuidados do bebê

Embora algumas mães se sintam muito ansiosas e preocupadas com a variação de temperatura dos seus bebês, a capacidade de observação materna é capaz de ser muito precisa. Algumas pesquisas corroboram que o toque materno é um método útil e confiável de detecção de febre. 

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